quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

UM ATO DE AMOR



Eu sei, que por um capricho do destino, ou simples desejo do Divino JESUS não foi em meu ventre que eles se formaram .
Quis a vida que eu fosse escolhida não pelo acaso, mas pelos próprios caminhos apontados por Deus.
Eu sei que a primeira vez que eles se mexeram foi em meus braços e não em meu ventre. Mas... GENTE ! Há algo mais forte que os laços de sangue: são os laços do coração, aqueles que por uma razão inexplicável nos ligam para sempre a uma outra pessoa. Assim eu optei e os vi nascer, não da minha barriga, mas do meu ser, no profundo amor... amor que sinto... amor de cuidar, zelar e educar.
E assim eu os acolhi com braços quentes, como se eles fossem carne da minha carne.  Os coloquei contra meu peito e eu pude ouvir a voz de JESUS que ardia em meu coração, me acalmava me dizendo para não ter medo, que eu os amaria e os daria um lar.
MARIA REBECA e JÕAO GABRIEL voçês me proporcionaram a dignidade de ser mãe de filhos maravilhosos e a honra de ter uma verdadeira família, exatamente como deve ser, na providência e na graça DIVINA.
Sei que em momentos de zanga eu digo palavras duras... hoje são apenas crianças de sete anos, mas no amanhã serão homem e mulher.. adultos, mas com preceitos, criados dentro da sabedoria cristã.... Filhos quero que vocês saibam que meu coração não pensa o que digo e gostaria que me perdoasse. Mãe não só é aquela que põe no mundo, mas aquela que, vivendo ao nosso lado, nos prepara para enfrentar o mundo e é assim que meu coração suplica á Nossa Senhora... a graça de seu mãe, aquela que cura a dor com beijos e se alegra quando o filho esta bem.
Talvez você  que e mãe não tenha dado a vida ao seu filho, mas tem certamente uma razão para viver...
Eu sou MÃE!!!
A maternidade mim fez mulher.
Optei em dar o que não tinha...
Amor... Amor
Deus sabe,
FILHOS, vocês são o anjo na medida exata para fazer a minha felicidade.
Te amo! MARIA REBECA
Te amo! JÕAO GABRIEL

Mãe de Coração


“Deus me agraciou com duas bênçãos”


Vou falar um pouco sobre mim, sou Simone Santos, solteira meu sonho de adolescência era ser mãe, ter uma casa com um lindo jardim, uma filha e morar sozinha com ela, enfim ser independente. Nunca me imaginei casada, pois prezo minha liberdade e tinha como meta aos 18 anos ter minha tão sonhada filha - meu pedacinho - como eu mesma falava.
Em 1993 tive meu primeiro contato com um grupo de oração, Deus me chamava para vivenciar algo com ele, foi um tempo de descobertas e encontros. Quando cheguei aos 30 anos comecei a questionar-me se eu seria mãe, pois meu relógio biológico gritava, mostrando como o tempo passa rápido e eu preocupada, me cobrava. Passei alguns anos pensando se algum dia realizaria meu sonho. Antes de entrar no grupo de oração tinha me programado para ter minha filha aos 19 anos, contudo hoje sei que Deus tinha algo diferente pra mim, nesta minha eterna espera cobrava muito de Deus. Pedia que ele enviasse meu “José” pois meu tempo de ser mãe quase não existia mais, eu já estava com 35anos e confesso que tinha até medo de falar sobre este assunto com Deus.
Um dia fui ao encontro no meu grupo de oração e neste dia tivemos uma noite especial, começamos com um terço e logo após rezamos de dois em dois uma pela outra e antes de começar supliquei para que me mostrasse se eu seria mãe pois eu não agüentava mais essa espera, esta dúvida. Supliquei ao senhor minha resposta naquela mesma noite.
Quando a oração acabou fomos partilhar e a pessoa com quem estava orando, colocou que viu em oração uma menina muito parecida comigo mas, ela viu também uma cruz no meu peito cravada e significava sofrimento, renuncia. Quando fui para casa fiquei pensando e perguntei ao meu senhor o que ele queria me dizer com aquela cruz no meu peito, eu precisava discernir aquilo, isso tudo aconteceu em outubro de 2003, e em novembro veio a noticia: minha sobrinha estava grávida.
Ela morava com minha família e esta noticia abalou a todos, eu e minha irmã mais velha tivemos que ficar a frente de toda a situação. Na primeira conversa que tivemos com nossa sobrinha ela deixou claro que queria interromper a gravidez, contou que o homem que a engravidara não queria, eu intervir e deixei claro que ela teria sim a criança. Começou um grande sofrimento, ele exigia que ela interompesse .Quando estava com 3 meses, ela fez ultra-sonografia e tivemos a supressa que eram dois bebês, ficamos felizes.
Quando foi falar com o pai sobre os gêmeos ele foi irredutível, nada fazia ele mudar de idéia e aceitar as crianças.Um dia quando acordei as 5 da manha percebi que ela não estava no meu quarto,não tinha dormido em casa,fiquei desesperada,correndo contra o tempo pois sabia que ela havia fugido para interromper a gravidez, eu a procurei no bairro todo, tive a idéia de procurar na casa do pai das crianças.Quando cheguei, chamei mas ninguém atendeu, segundo um vizinho ele estava em casa. Fiquei a espera de alguém sair, quando de repente ele sai de mochila nas costas e bicicleta, então perguntei por ela e ele disse que não sabia e eu o ameacei de chamar a mídia e programas policiais se ele insistisse na idéia de interromper a gravidez, pois ela estava com 4 meses. Ele nada falava pra mim, foi aí que eu peguei meu celular e ameacei ligar para o programa Barra Pesada e contar que um primo dele que trabalhava em um hospital havia dado uma injeção a ela, foi então que ele entrou e a trouxe de volta.Eu deixei claro para os dois que ela teria as crianças querendo ou não, quando cheguei em casa conversei com ela e disse que nos da família ajudaríamos a criar os gêmeos e que teria nosso apoio.
Ela chegou a me fazer a proposta de dar as crianças para mim, entretanto pensei que como as crianças já não teriam pai deveriam ao menos ter a mãe por perto, ou caso contrario seria terrível. Eu disse a ela que eu iria ajudar a todas as etapas da gravidez seriam duas mães em uma só.
Aos seis meses foi diagnosticado que se tratava de uma gravidez de risco com problema de pressão precisava de cuidados, ao passar mal levei ao hospital e assim ficou internada para controlar as alterações da pressão, supresa fiquei ao ligar para o hospital e recebi a informação que os bebes nasceram de parto normal dia 22 de maio, prematuros JOÃO GABRIEL nasceu com 1.450g e MARIA REBECA com 1.140g, naquele momento sem mesmo vê-los já mim sentia mãe pessoalmente senti que fiz parte daquele parto e acompanhar o desenvolvimento mim fez ligar mais ainda aqueles pequenos seres que iriam transformar mais ainda a minha vida.
E acredite não precisa ter um pai ao meu lado para que eu mim fortaleça desta responsabilidade , minha conta é amar, amar e amar!